A jovem carateca Heloísa Sá, mais uma vez fez história no cenário esportivo nacional levando o nome de Campo Grande do Piauí ao pódio mais uma vez. Desta vez, a atleta conquistou o título de vice-campeã na Copa do Brasil, na modalidade kata. A competição nacional reuniu os melhores atletas do país no ultimo domingo em Balneário Camboriú, e Heloísa demonstrou, mais uma vez, por que é considerada uma das grandes promessas do karatê brasileiro.




Campeã mundial em 2024 em malta sendo atleta convidada da Seleção Brasileira de Karatê e campeã brasileira em 2023, Heloísa segue acumulando conquistas impressionantes ao longo de sua trajetória. Com apenas 8 anos dedicados ao karatê, a atleta já soma títulos regionais, nacionais e até mundiais. Entre os principais destaques estão os 7 títulos de campeã regional, conquistas em campeonatos brasileiros, Norte-Nordeste e competições internacionais, sempre elevando o nome de Campo Grande do Piauí no cenário esportivo.




Treinando sob a orientação do sensei Honorato, na academia Arkapi, Heloísa é um exemplo de disciplina, perseverança e paixão pelo esporte. Sua trajetória inspira jovens atletas e é motivo de orgulho para toda a população campograndense.




A Prefeitura de Campo Grande do Piauí tem sido parceira de Heloísa ao longo de sua carreira, oferecendo apoio e valorizando suas conquistas.
“É uma honra para a nossa cidade ter uma atleta do nível de Heloísa representando o nosso município em competições de alto nível. Seu talento e dedicação são inspiradores”, destacou o prefeito Dr. Tico.
Com apenas 8 anos de prática no karatê, Heloísa Sá já construiu uma história vitoriosa e promissora. E tudo indica que ainda há muitos pódios e conquistas por vir…





Além da notícia: acompanhe aqui a entrevista completa sobre a trajetória de Heloísa no karatê
Sobre a competição atual (vice-campeonato da Copa do Brasil)
1. Como foi para você conquistar o vice-campeonato da Copa do Brasil na modalidade kata?
Foi muito gratificante porque foi minha primeira conquista em Copa do Brasil. Enfim, foi minha segunda vez participando, só que foi a primeira vez que eu fui ao pódio. Foi muito bom. Minha meta é sempre ir ao pódio, não importa a classificação. Para mim, só de subir já fico muito feliz. Isso mostra que eu consegui. Treinei bastante e conquistei o que queria. Também, a modalidade kata é a que eu mais gosto, sou mais “focada” no kata do que no kumite.
2. Qual foi o maior desafio durante essa competição?
O maior desafio foi que eu estava um pouco receosa por conta do meu ligamento, que voltou a doer um pouco. Estava com medo de acontecer algum problema no meio da execução do kata e acabar sendo desclassificada. Mas graças a Deus deu tudo certo, não senti nenhum desconforto. E também é um grande desafio, nesse tipo de competição, a questão financeira, porque não é fácil. O karatê é um esporte muito bom, mas também de custo muito alto, principalmente quando a viagem é para o outro lado do Brasil.
3. Você esperava subir ao pódio? Como se preparou para esse campeonato?
Eu já estava com a mente preparada. Estava com uma sensação boa. Normalmente, eu percebo: quando estou muito nervosa, sei que algo não vai dar certo. Mas dessa vez estava tranquila e deu tudo certo. Me preparei bastante: treinei tanto no dojo, na academia, como em casa também. Estava treinando praticamente a semana toda no meu máximo. Só nos domingos eu tirava um descanso. De resto, era todo dia.
Sobre sua trajetória no karatê
4. O que te motivou a começar no karatê e como tudo começou?
Sempre fui “invocada” com artes marciais por causa de desenhos animados, filmes, animes. Meu pai também praticava karatê quando a gente morava em São Paulo. Quando viemos para o Piauí, eu sempre quis fazer karatê, mas na época não tínhamos condições. Em 2017, apareceu a oportunidade por meio de um projeto social, e eu entrei. Dali para frente tudo deslanchou. Só parei na pandemia, em 2020 e 2021, que foi quando também descobri a diabetes. Voltei a treinar juntando minha paixão com algo que me ajuda no tratamento da diabetes.
5. Em 8 anos de prática, quais conquistas você considera mais marcantes na sua trajetória?
A principal conquista foi meu primeiro mundial, o Open Malta. Sempre foi um sonho participar de um campeonato grande assim, internacional. Consegui subir ao pódio três vezes no Open Malta e duas vezes no Mundial. Fui vice-campeã. Foi muito marcante para mim, porque muita gente dizia que eu não ia conseguir, que eu só ia passar vergonha, mas aconteceu totalmente o contrário. Provei meu valor e trouxe esse título enorme para cá. O do Mundial 2024 foi o mais marcante.
6. Como é sua rotina de treinos? Quantas horas por semana você se dedica ao esporte?
Quando não tem competição eu relaxo um pouco mais, treino de 1h a 2h30, de segunda, quarta e sexta. Os treinos de karatê são às terças, quintas e sábados. A carga horária varia entre 1h e 1h30 por dia. Quando tem competição, é o tempo todo — semana completa, manhã, tarde e noite. Os horários são bem flexíveis: treino uma hora pela manhã, depois mais à tarde. Às vezes treino até 21h ou 22h. Em casa também faço treinos mais leves, focados em preparação física e mobilidade.
Sobre apoio e influências
7. Qual a importância do apoio da sua família, do sensei Honorato e da Prefeitura de Campo Grande do Piauí para sua evolução como atleta?
Só tenho a agradecer. Ao sensei, à Prefeitura, à minha família, aos meus amigos, todos que sempre me apoiaram e acreditaram em mim. Sempre dizem que eu vou conseguir, que tenho potencial. Até minhas amigas falam: “Você vai conseguir sim, a gente acredita em você.” Sou muito grata a todos por acreditarem e apoiarem, tanto como pessoa quanto como atleta.
8. Como você se sente representando Campo Grande do Piauí em competições nacionais e internacionais?
Tenho muito orgulho de representar nossa cidade. Por mais que eu não seja daqui de nascença — meu pai é alagoano, minha mãe é campo-grandense e eu nasci em São Paulo —, sou muito mais Campo Grande. Tenho muito orgulho de levar o nome da cidade para outros lugares. É muito gratificante trazer títulos para cá.
Sobre o futuro
9. Quais são seus próximos objetivos e metas dentro do karatê?
Pretendo fazer o exame de faixa preta (primeiro dan) até o final do ano ou no próximo. Não é fácil, exige muito treino e esforço. Quero também participar de mais campeonatos, viajar para seminários fora, ganhar mais conhecimento tanto para mim quanto para os outros. Não penso em ensinar, mas quero aprender mais sobre a cultura, a disciplina, tudo que o karatê representa. Quero me aproximar ainda mais.
10. Você sonha em disputar outras grandes competições internacionais?
Já realizei o sonho de participar de um Mundial, mas quero participar de outros. Quero continuar disputando grandes competições, buscar mais títulos, especialmente em Mundiais. Competição é o que eu gosto mesmo.
11. Que conselho você daria para outras meninas ou meninos da sua idade que querem começar no esporte?
Meu conselho é: nunca é tarde para correr atrás dos seus sonhos. Se você quer algo de verdade, corra atrás. Não importa a idade. Qualquer pessoa pode praticar esporte — criança, adolescente, adulto, idoso. Não deixe que te digam que você não consegue. Vá em frente, você pode!